Polícia “varre” bairro em ação conjunta

Jardim Alvorada

Umuarama - As ruas do Jardim Alvorada ficaram completamente tomadas, na tarde de ontem (7), com a presença de todo o efetivo das forças de segurança de Umuarama. Em uma ação conjunta, os agentes das policias Civil, Militar e da Guarda Municipal ocuparam todo o território para abordarem suspeitos e procurarem por produtos ilícitos. Durante a operação, drogas e objetos roubados foram encontrados às margens de um córrego no fundo do bairro. Duas pessoas foram presas. 

Aurora - que significa o mesmo que Alvorada - foi o termo escolhido pelos policiais para dar nome à operação, que contou com a presença de mais de 50 agentes. Distribuídos por vários pontos de bloqueio montados ao longo das ruas do bairro, os policiais tinham como missão abordar suspeitos e vasculhar o território. Logo nas primeiras horas da operação, uma das equipes abordou o jovem Silvio César de Oliveira, que tinha contra si um mandado de prisão em aberto por roubo. Em outro bloqueio, mais uma prisão. Durante uma abordagem a mais um suspeito, os policiais flagraram Agnaldo Flausino, 20, portando 15g de maconha e sete pedras de crack. Aos agentes, Flausivo revelou ter pago R$ 30 pelo produto, que seria levado para Cafezal do Sul. 

Para varrer uma área de mata fechada a procura de produtos ilícitos, a Operação Aurora contou com um triunfo. A 5ª Cia Independente de Policia Militar (5ª CIPM) empregou para o trabalho o apoio dos alunos-soldados. "Primeiro fizemos uma varredura completa pelo terreno para garantir que não haviam armadilhas. Depois eles foram enviados para vasculharem a área a produtos desses objetos, quando vários produtos foram encontrados. Esse tipo de trabalho permite a eles mais um aprendizado", informou o major Ênio Soares dos Santos, que participou dos trabalhos. 

A varredura pelo mato foi ainda mais frutuosa para a Operação Alvorada. Escondido em meio a vegetação, dezenas de objetos tomados de vítimas de crimes em Umuarama foram encontrados. Bolsas, documentos, eletrônicos e até uma caixa de cozinha de caminhão foram encontrados. Em um dos pontos vasculhados, os alunos-soldados encontraram uma arma artesanal e dezenas de metros de afiação elétrica cortada provavelmente de algum imóvel.

Investigação - À frente dos trabalhos de investigação da Operação Aurora, o Núcleo de Inteligência da Policia Civil (NIPOL) e o Grupo de Diligências Especiais (GDE) comemoraram o resultado. "A comunidade solicitou nossa presença aqui através de denúncias anônimas. Esse tipo de operação mostra a importância do trabalho integrado da polícia e da participação da população", disse o delegado Edgar Dias Santana.

Continuidade

Ações como a Operação Aurora devem se disseminar pela cidade toda, garantiram o delegado-chefe da 7ª Subdivisão Policial (7ª SDP), Pedro Fontana e o major da 5ª CIPM, Ênio Soares dos Santos ao Ilustrado. "Essa operação teve origem após o recebimento de uma série de denúncias da comunidade pedindo a nossa presença aqui. Após fazermos um estudo de inteligência, reunimos as forças policiais da cidade e viemos pra cá para responder", disse Fontana. 

Para o major da PM, a comunidade precisa mesmo cobrar os policiais, que são "servidores". "Nós estamos aqui para servir e devemos ser cobrados, chamados e informados pela população para que façamos nosso trabalho mais acertado", opina.

Os comandantes já planejam ações rotineiras como a Operação Aurora para combater o crime na cidade. "O canal está aberto. Estamos recebendo denúncias através do 197 (Polícia Civil) 190 (Polícia Militar) e 181 (Narcodenúncia). A intenção é onde a comunidade nos chamar estarmos prontos para atender", concluiu Fontana.