Publicamente, aliados do governador mantêm o discurso de que Garcia está comprometido com a candidatura de Rossoni e de que a formação de uma chapa alternativa na disputa pelo comando da Assembleia não passa de boato – embora a assessoria dele tenha confirmado a candidatura.
Apesar do discurso de unidade em torno de Rossoni, fontes do Executivo e do Legislativo confirmaram à Gazeta do Povo que Garcia e seus assessores têm procurado – pessoalmente e por telefone – deputados e presidentes de partidos em busca de votos na eleição marcada para o dia 1.° de fevereiro, quando os novos deputados estaduais tomam posse. Ontem, um parlamentar do PMDB, que pediu para não ter o nome publicado, disse que foi contatado por assessores do deputado tucano pedindo voto na chapa encabeçada por Garcia.
Já o futuro líder do governo na Assembleia, Ademar Traiano (PSDB), procurou minimizar a ausência de Garcia no almoço com Richa, afirmando que o colega de partido ainda não teria retornado de viagem ao interior de estado – Mauro Moraes (PSDB), que está viajando, também não foi ao encontro.
“O grupo está unido, não há nenhuma dissidência. Ninguém acredita nessa possibilidade [de candidatura do Nelson Garcia]. Os deputados do PSDB estão unânimes em favor da candidatura do Rossoni”, disse Traiano. “Esse movimento [por uma candidatura alternativa] não é do Nelson Garcia. Até porque, se fosse dele, ele já teria procurado votos, mas não teve contato com ninguém do PSDB até agora.”
Outros partidos
Por enquanto, porém, Garcia estaria buscando o apoio de parlamentares de outros partidos para formar uma chapa para disputar a Mesa Diretora da Assembleia – no total, são nove cargos – e obter votos suficientes para vencer Rossoni. Apesar de assessores de Garcia dizerem que ele ainda não voltou a Curitiba, o parlamentar teria jantado na última segunda-feira com um grupo de deputados com o objetivo de viabilizar sua candidatura.
Para frear esse avanço, fontes próximas a Richa afirmam que ele já agendou um encontro com Garcia para esta semana. Cogita-se que ele possa abrir mão da candidatura à presidência da Assembleia em troca de cargos.
Incomunicável há mais de dez dias, Garcia novamente não atendeu aos telefonemas da reportagem durante toda a tarde de ontem.
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